Queda de um muro nascimento de quatro muros
Créditos de imagem: - http://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Bethanien06.jpg |
Ao comemorar os 25 anos da queda do designado muro de Berlim, não foi
por acaso que esta comemoração surgiu, pergunto porque não se
comemoraram outras datas, porque os 25 anos e não os 10 ou 15 anos. O
essencial, o gato escondido com rabo de fora, mais uma provocação à
Rússia, mais uma acha na escaldante guerra fria que já ninguém pode
negar que existe. Lembrar velhas feridas, e não fazer apelos e pressões
para derrubar o muro dos EUA com o México, Israel com a Palestina ou na
península coreana. Os políticos ocidentais ainda não repararam que estão
a perder o poder sobre as massas, a corrupção, o descrédito, a ambição
descontrolada estão a fazer desaparecer os regimes democráticos que bem
ou mal mantiveram a Europa numa fase mais ou menos calma até à
interferência dos Estados Unidos e da NATO na ex-Jugoslávia.
Foi a partir desta barbaridade que a Europa perdeu a autonomia política e
económica, subjugada ao poder de um império capitalista com sede mais
em Wall Street e no Pentágono do que propriamente na Casa Branca. Os
falcões pensavam que eram polícias e juízes em causa própria a nível
global. Enganaram-se. Esqueceram-se que outros políticos, outros povos
aspiravam a ver-se livres do excepcionalismo americano atribuído por
eles próprios. Varridos da América do Sul e Caribe, dedicaram-se à
piratagem e roubo de petróleo do Norte de África e Médio-Oriente.
Assassinatos de presidentes e políticos que se opunham à sua política de
terra queimada, genocídios de milhões de civis por eles perpetrados ou
por grupos terroristas criados e apoiados para esse fim. O
ressurgimento da Rússia na industria militar, as novas alianças feitas
por este país tanto na América Latina e Caribe, como na Ásia e mesmo na
Europa, principalmente a aproximação Rússia e China fez perder o
estatuto de primeira potência e exclusividade ao império policial. A
serpente é sempre mais perigosa ao morrer, de derrota em derrota até ao
fim, os EUA ainda num acto de desespero podem fazer muito mal à
humanidade. Escrevia ontem um colunista do jornal on-line Rússia Today
ou Obama para as provocações ou a guerra com a Rússia e a China é
inevitável, mesmo iminente. A ganância dos senhores da América tornou
uma democracia num estado policial e racista dentro das suas próprias
fronteiras: criação de campos de concentração secretos, ordens para a
polícia e o exército matarem primeiro pessoas desarmadas e perguntarem
depois. O movimento independentista no Texas e mais quinze estados, o
despertar do povo americano em manifestações que nunca existiram neste
país, aliados a uma crise sem precedentes desde 1930, aconselham o poder
de Whashington a ter mais cautela e a dar mais contributos para a paz
mundial.
A União Europeia em cacos
A situação não é melhor no mais fiel aliado dos EUA, A UE pode
desfazer-se em várias correntes estratégicas e políticas, os governos do
Reino Unido e Hungria com a maioria do povo a seu lado, ameaçam
abandonar a união. Os países do sul da Europa regridem para níveis de
pobreza do século passado. Na Alemanha o país mais poderoso da Europa
Ocidental a chanceler Merkel debate-se com a forte oposição da grande
industria que deseja o fim das sanções à Rússia, pode degenerar em
grandes manifestações contra-natura, isto é, patrões e trabalhadores
contra o governo, e, obviamente outros países seguirião este exemplo. Os
políticos têm de convencer-se que o mundo não pára e a humanidade
nunca esteve tão ameaçada como agora.
http://www.oactivista.com
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